quarta-feira, 21 de abril de 2010

As diferenças de Lula e FHC durante as crises

Video das atitudes de Lula e FHC nas crises

Lula faz balanço da política externa

Leonencio Nossa e Denise Chrispim Marin, de O Estado de S.Paulo


BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez nesta terça-feira, 20, um balanço da política externa do seu governo, com críticas irônicas à atuação do governo anterior no cenário internacional. Na reta final do seu mandato e em pleno processo eleitoral, Lula disse que em sete anos de governo nunca permitiu que ministros tirassem o sapato ao passarem pelas alfândegas de outros países. Ele se referia, sem citar nomes, ao ex-chanceler de Fernando Henrique Cardoso, Celso Lafer, que foi obrigado a tirar os sapatos ao passar por revista em um aeroporto nos Estados Unidos.

"Eu disse para os meus ministros que aquele que tirasse o sapato deixaria de ser ministro", afirmou Lula, em discurso de improviso na cerimônia de formatura de novos diplomatas, no Palácio do Itamaraty.

Ele disse que seu governo permitiu que o País tivesse maior projeção nos fóruns internacionais. Ressaltou ainda ter criado 34 embaixadas e garantido vitórias, como a do Rio de Janeiro, que sediará as Olimpíadas de 2016.

Ao defender sua política externa, Lula reclamou que muitos críticos queriam que ele "esganasse" os presidentes da Bolívia, Evo Morales, e do Paraguai, Fernando Lugo, nas questões do gás e da energia de Itaipu, respectivamente. Lula disse que o Brasil precisa ser mais generoso com países pobres e que as críticas ocorrem porque o Brasil passou a incomodar "muita gente".

Ele lamentou não ter conseguido fechar o acordo comercial da rodada Doha, no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC) para acabar com os subsídios e culpou dirigentes da Índia e dos Estados Unidos que, por "questões eleitorais", travaram as negociações. "O que é triste é que já se passaram dois anos e ninguém mais tocou no assunto", lamentou.

Também reclamou das críticas à sua política de aproximação com os países africanos. "Vocês não sabem quantas críticas recebemos quando fomos para o Gabão. Diplomacia era ir apenas para os Estados Unidos, Paris, Buenos Aires. E eu vou terminar o meu mandato visitando 25 países africanos", comemorou.

Passaporte vermelho

Em tom de brincadeira Lula disse nesta terça que não é mais tão chique ter um passaporte vermelho, que é a cor do passaporte diplomático. "Hoje tem gente que desconfia muito mais do vermelho do que do azul". Ao fazer comparações sutis com a política externa do governo anterior, Lula disse que durante muito tempo o País foi induzido a ter "complexo de vira-lata". "Não podíamos ser ninguém", afirmou. Ele voltou a lembrar que num dos primeiros encontros do G8, ainda no seu primeiro ano de mandato, em 2003, se recusou a se levantar quando o então presidente dos Estados Unidos, George W.Bush chegou atrasado a uma reunião de chefes de Estado. "Eu disse para o Celso (Amorim): vamos ficar sentados. Ninguém se levantou quando eu cheguei. Porque a subserviência? Não é arrogância não, é respeito".

Ele chegou a comparar a presença brasileira no exterior ao jogador Neymar que segundo ele todo mundo quer na seleção. Lula disse que o Brasil deixou de ser mero coadjuvante no cenário externo. "O Brasil não é mais um mero coadjuvante, cresceu. E não se tornou importante porque tem 180 milhões de habitantes, mas porque tem políticas importantes".

Financial times faz o balanço da diplomacia brasileira

“Todos podem ver as táticas de minhas conquistas, mas ninguém consegue discernir a estratégia que gerou as vitórias” (A Arte da Guerra – Sun Tzu)

“O Brasil tornou-se importante nas comédias das nações, quase sem ninguém perceber” (Financial Times -abril de 2010)

O Brasil inegavelmente se tornou um ator mais relevante no cenário internacional. Muitos creditam isto ao carisma do presidente Lula, à força de nossa economia ou tradição de nossa diplomacia. Os críticos do governo, diriam que o país ganhou relevância apesar das decisões do Itamaraty, ao qual atribuem viés ideológico de esquerda na atualidade.

Nos últimos anos o país se viu envolvido em uma série de delicados episódios e em temas de grandeza absoluta.

O país atuou em conflitos como as greves na Venezuela (o governo brasileiro abasteceu o vizinho de petróleo enfraquecendo a posição dos que exigiam a renúncia de Chavez) a crise em Honduras, a tentativa de divisão da Bolívia e a invasão de tropas colombianas ao território equatoriano. Enfrentou duras disputas comerciais na questão do gás da Bolívia, da energia de Itaipu comprada do Paraguai e das tarifas de importação da Argentina. Notadamente nas disputas com vizinhos o país adotou retórica moderada e negociação “solidária”, recebendo críticas internas de fraqueza nestas situações.

O Brasil também procurou ser ouvido em questões de interesses globais. O combate à pobreza e ao aquecimento global, a promoção da paz no oriente médio e a exaustão do uso da diplomacia com países como o Irã, Cuba e Síria foram bandeiras de nossa diplomacia.

As táticas verde-amarelas na conquista de maior voz são visíveis como pregava Sun Tzu. O país utilizou o prestígio de Lula e a curiosidade internacional sobre o ex-metalúrgico. Adotou discursos supranacionais e inquestionáveis como combate à pobreza e a paz. Posicionou-se como porta-voz não só de nações sulamericanas, mas como de todo mundo em desenvolvimento. Aliou às viagens de comissões diplomáticas comissões empresariais que ajudaram na diversificação dos parceiros comerciais.

Em análises simplificadas, o objetivo brasileiro não está oculto e é quase um fetiche: assumir uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU. Vejo ambições mais complexas e sutilezas no discurso do ministro das relações exteriores, Celso Amorim. Em síntese, enxergo detalhes táticos, mas fico animado ao não discernir a estratégia.

A diplomacia brasileira se move para direita e esquerda como na ginga de um capoeirista. Critica as base americanas na Colômbia, mas fecha um acordo militar com os EUA. Amplia cooperação com o Irã ao tempo em que o faz com a França. Dialogou com Chavez e Bush com igual desenvoltura. A política externa chegou a ser definida como do “arco-íris” pelo Financial Times. Na base desta suposta ambiguidade está, paradoxalmente, a coerência.

A autoridade moral foi o maior cacife do Itamaraty. Para pleitear espaço na ONU o país disponibilizou tropas à entidade no Haiti. Ao buscar anistia de dívidas a países africanos abdicou de crédito que tinha com alguns deles. Recuou em algumas posições para tentar fechar a rodada Doha. Não só abriu mão de ajuda financeira como se dispôs a contribuir com um fundo de ajuda a paísses em desenvolvimento na tentativa de salvar o encontro ecológico de Copenhagen. Na questão de Honduras, ao trombar com a administração Obama, o Brasil estava alinhado à posição da ONU e OEA. Até mesmo na questão nuclear o país tem um discurso coerente alertando para os erros cometidos no Iraque, defendendo que o desarmamento deve alcançar efetivamente grandes potências e, por fim, fazendo sempre a ressalva que a palavra final da ONU será respeitada pelo Brasil.

É a palavra final da ONU o grande castelo que o Brasil pretende assentar em outros alicerces. Em recente sabatina no Senado, o ministro Celso Amorim, em meio a resposta sobre supostos erros de sua atuação destacou duas alianças brasileiras. Fora do contexto, o diplomata deixou escapar que os grupos denominados BASIC (Brasil, África do Sul e Índia e China) e BRIC (este sem África do Sul e com a Rússia) são os grandes saltos estratégicos do país.

O país não conseguirá um papel à altura dos membros permanentes do Conselho de Segurança como gesto de boa vontade dos membros existentes. O mero assento permanente como concessão dos países desenvolvidos traria apenas uma igualdade formal. Sebe também que pouco importa fazer parte de um Conselho se os EUA o ignorar sempre que desejar como fez na guerra do Iraque.

O Brasil trabalha de forma articulada para que a nova ordem econômica se converta em nova ordem política. Os BRIC´s terão cada vez mais peso, mas não adianta medir forças com as potências estabelecidas. Por isso a simpatia da França é importante, assim como é relevante reformar a ONU por dentro. Discurso firme com os EUA é necessário, mas radicalização bolivariana é contraproducente.

O país avança em seus objetivos com acertos e erros táticos. Entretanto, segundo Sun Tzu, suas vitórias são geradas porque sua estratégia não é visível, como atesta a declaração do Financial Times.

domingo, 11 de abril de 2010

Serra e seu vice preferido.

A grande ausência do lançamento da pré-cadidatura de José Serra (PSDB), ex ministro de planejamento do governo Fernado Henrique, foi o ex-governador do DF atualmente preso José Arruda (ex-DEM, ex-PFL, ex-PSDB, ex-lider do governo FHC).
Mas quando Arruda era governador o tratamento que o DEM e PSDB davam a ele era outro. O próprio Serra tinha no Arruda o seu vice perfeito.
Confiram o video abaixo.
http://www.youtube.com/watch?v=NImym3T_Ozw

Vasco x Flamengo

Vasco e Flamengo se enfrentam neste domingo, às 16h, no Maracanã, pela semifinal da Taça Rio. O clássico dos milhões.
Do lado vascaíno, a renovação atende pelo nome de Philippe Coutinho. Aos 17 anos, virou xodó da torcida. Por ter estreado entre os profissionais apenas no ano passado, Coutinho ainda não participou de um jogo decisivo contra o maior rival. Mas sabe da ansiedade que ocupa os corações na Colina.
Na Gávea desde 2005, o Leonardo Moura disputará hoje seu 15º clássico contra o Vasco pelo Rubro-Negro. Nas três decisões que disputou (Copa do Brasil de 2006, semifinais da Taça Guanabara de 2007 e 2008), ele sorriu.
Quem vencer enfrenta o Botafogo na final.

Jornal Nacional - cobertura das eleições.

O Jornal Nacional do dia 10 de abril de 2010, sábado, no bloco destinado a cobertura das eleições presidencial teve o seguinte posicionamento.

Mostrou o pré-lançamento da candidatura de Serra (PSDB) no DF com bom tempo de TV.
Mas não mostrou em nenhum momento a agenda da Dilma (PT) que no mesmo dia participava em ato no ABC com sindicalistas, com a presença de Lula e outras lideranças política de São Paulo.

Sábado a cobertura foi nitidamente parcial mostrando Serra e simplesmente ignorando a Dilma.
Será essa a estratégia da Globo tentar diminuir a presença de Dilma em seus noticiários e o inverso com Serra. Estamos de olho!

Vamos acompanhar a cobertura feita pela mídia em especial a da Globo para ver se terá uma coerência e imparcialidade tão propagandeada pela mídia.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Ao Sul do Equador

Olá,

Sejam bem vindos ao Blog Ao Sul do Equador.

O blog criado em 02/04/2010 com a proposta de repercutir as principais notícias sobre o que acontece no Brasil. Ser um canal de discussões e aprofundamento sobre os temas pautados pela mídia.

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